Cerca de 30 profissionais de Educação Física de todos os centros de atendimento com internação e internação provisória da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), localizados na capital e da cidade de Osasco e pertencentes à Divisão Regional Metropolitana Capital (DRCAP), passaram por uma formação em roundnet e tchoukball, para replicar as modalidades esportivas junto aos adolescentes atendidos.
A parada técnica de esportes não convencionais contou com os ensinamentos do profissional de Educação Física Gustavo Henrique Pereira, que já atuou na Fundação Gol de Letra, e hoje se dedica a tornar mais conhecidas e disseminadas modalidades esportivas menos convencionais, distintas do futebol, vôlei, basquete e handebol.
A parada ocorreu na primeira quinzena de outubro, na quadra poliesportiva do Complexo do Brás, em São Paulo, e foi a primeira das duas etapas da formação, que ainda inclui a realização de workshops nos centros de atendimento.
O roundnet é uma modalidade esportiva que, de certa forma, utiliza movimentos do vôlei, como o saque, uma bola pequena quicável, do tamanho próximo à de tênis, uma rede suspensa do chão e duas equipes formadas, cada uma, por dois jogadores.
Na dinâmica do jogo, as duas duplas se alinham uma de frente para a outra, tendo a rede suspensa no centro. A partida começa com o jogador sacando a bolinha na rede, para que quique e passe ao adversário. A dupla adversária, por sua vez, poderá fazer até três movimentos para devolver a bola ao adversário, sendo obrigatório quicá-la na rede no último movimento, antes de devolvê-la. Após o saque, não há lados ou limites de área, diferentemente de esportes como vôlei e handebol.
Já o tchoukball, considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “esporte da paz”, é um esporte em equipes, criado na década de 1960 e que tem elementos que lembram o vôlei e o handebol. É uma modalidade em que não há contato físico entre os participantes e a vitória não pode ser considerada chacota para a equipe adversária.
Para praticá-lo, pressupõe-se haver uma área demarcada na quadra, que servirá para as duas equipes marcarem ponto. Nela será colocado um quadro de remissão, uma espécie de cama elástica em que a bola deverá ser jogada com as mãos. O objetivo é fazer com que a bola seja projetada para além dos limites da área demarcada, para que se marque o ponto. Se a bola cair na área, fora da quadra ou o atleta errar o quadro, o ponto vai para o adversário. O esporte também pode ser praticado na grama, areia ou piscina.
Os workshops nos centros de atendimento já começaram, marcando a segunda fase da formação. Na última sexta-feira (25), jovens atendidos no CASA Ouro Preto, no Complexo da Vila Maria, em São Paulo, experimentaram a modalidade, com orientação do profissional de Educação Física da Fundação CASA e do formador Gustavo Henrique. Até o final do ano, todos os outros centros de internação e internação provisória da DRCAP receberão o workshop.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, avalia que a ação formativa traz impacto positivo no atendimento aos adolescentes. “É importante nossos profissionais de Educação Física estarem conectados com a variedade de modalidades esportivas existente, até como estratégia para oferecer aos jovens vivências que não tiveram acesso antes de ingressar na instituição”, afirma a presidente.
O evento de formação foi organizado pelos profissionais de Educação Física Raquel Maschio, que atua na equipe técnica da DRCAP, e Luiz Madureira, que é supervisor na Divisão Regional.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.
Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/.
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CAMILA APARECIDA DE SOUZA
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